O WELL.Be 2.0 é um projeto dirigido aos estudantes da Universidade da Maia (UMAIA) e do Instituto Politécnico da Maia (IPMAIA), financiado pelo Programa para a Promoção da Saúde Mental no Ensino Superior (DGES; 2023), a ser implementado de janeiro de 2024 a dezembro 2026 pelo CASP – Centro de Apoio e Serviço Psicológico da Maiêutica CRL.
Este projeto é uma evolução do projeto WELL.Be, financiado em 2023/2024 pelo programa FLAD/OPP – Saúde Mental no Ensino Superior. O WELL.Be 2.0 permite ao CASP reforçar e expandir a oferta de serviços de intervenção psicológica, promovendo o bem-estar e a saúde mental dos estudantes da UMAIA e do IPMAIA, através de um modelo stepped care. Deste modo, veio fortalecer o papel do CASP em várias áreas, nomeadamente, na literacia em saúde mental, no rastreio de sintomas associados às perturbações mais prevalentes no contexto do ensino superior (como a depressão e a ansiedade); na informação sobre os percursos de acesso a respostas terapêuticas internas e externas; na disponibilidade de intervenções terapêuticas breves para quadros de sintomatologia depressiva e ansiosa ligeira a moderada (por exemplo, psicoterapia breve de grupo); e no reforço das respostas para casos clínicos mais graves, com o apoio de consultas de psiquiatria.
O modelo stepped care segue uma abordagem estruturada por níveis de intervenção, ajustada às necessidades de cada pessoa — desde a promoção do bem-estar à prevenção e ao tratamento de doenças mentais. Assim, os estudantes da UMAIA e do IPMAIA têm acesso gratuito a cuidados psicológicos adequados ao seu perfil e situação, recebendo intervenções eficazes com a menor intensidade necessária, de forma a manter ou recuperar a sua funcionalidade psicossocial e o seu sucesso académico.
Tendo como população-alvo os estudantes da UMAIA e do IPMAIA, o projeto WELL.Be 2.0 visa:
Caracterizar o perfil de bem-estar e de ajustamento psicossocial dos estudantes;
Aumentar a literacia sobre bem-estar e saúde mental;
Reforçar competências socioemocionais e académicas, bem como promover hábitos e estratégias de autocuidado;
Identificar grupos de risco para problemas de saúde mental;
Promover a inclusão social e educativa;
Rastrear sintomas de depressão e ansiedade;
Prevenir o agravamento de sintomas clinicamente significativos de depressão e ansiedade;
Intervir em quadros de psicopatologia moderada a grave e restaurar o funcionamento psicossocial;
Oferecer respostas em situações de crise ou emergência psicológica;
Reforçar a articulação do CASP com os serviços especializados do Sistema Nacional de Saúde, otimizando os percursos de encaminhamento de casos mais graves.
O modelo de intervenção do CASP, em consonância com as orientações do Programa para a Promoção da Saúde Mental no Ensino Superior (DGES, 2023), organiza-se em três níveis de atividades:
Intervenções que visam a promoção do bem-estar e da saúde mental, nomeadamente, através do treino de competências de autocuidado, sociais e de regulação emocional; da adaptação às exigências académicas do ensino superior (por exemplo, métodos de estudo); e do reforço da literacia em saúde mental. Atividades previstas:
Criação de uma plataforma digital de divulgação (site);
Realização de um inquérito geral sobre perceção de saúde e estilos de vida;
Condução de três rastreios generalizados de sintomas de ansiedade e depressão;
Organização de três edições da Run4MentalHealth — corrida/caminhada de sensibilização para o papel da atividade física na saúde mental;
Implementação do programa Side by Side — mentoria entre pares;
Desenvolvimento do programa EquiSteps — promoção da equidade e inclusão no ensino superior;
Formação de embaixadores no programa Mental Health Influencers;
Programa de Promoção e Desenvolvimento de Soft Skills;
Programa Healthy BOOTCAMP — atividades holísticas para a promoção do bem-estar e da saúde mental.
Intervenções psicológicas especializadas, orientadas para a prevenção e/ou tratamento de sintomas psicopatológicos clinicamente significativos, realizadas por profissionais do CASP. Dependendo da gravidade dos sintomas, os estudantes podem beneficiar de intervenções de baixa intensidade (ex.: grupos terapêuticos de 5 a 6 sessões) para casos ligeiros a moderados de depressão e ansiedade; ou de intervenções de elevada intensidade (ex.: psicoterapia individual, consultas de psiquiatria) para quadros moderados a graves. Atividades previstas:
Intervenções de autoajuda guiada para depressão ligeira a moderada
Intervenção psicológica breve em grupo para ansiedade e depressão ligeira a moderada
Psicoterapia individual e/ou combinada com psicofármacos (psiquiatria)
Terapia Cognitivo-Comportamental por videoconferência para perturbação de ansiedade social
Sara Silva (Psicologia)
Andreia Figueiredo (Psicologia)
Júlia Ferreira (Psicologia)
Sara Virgínia Pereira (Psiquiatria)